Carta para você que não vai ler

Hoje é um dia especial. Mas não quero escrever nada hoje. Vou escrever algo que escrevi antes, num dia perfeito, com o céu perfeito, o vento perfeito, a grama perfeita. A única coisa que não estava perfeita no dia em que escrevi isso era meu coração. E ele nunca mais vai ser porque tem um buraquinho nele [como isso foi "chiquititas"]. Eu falo buraquinho porque dá pra viver com ele, mas ele se faz sentir as vezes durante o dia. Mas não posso culpar ninguém por esse defeito. Só aconteceu. Por isso, nesse dia perfeito, com o coração imperfeito, eu escrevi uma carta para alguém que não vai ler.

"Essa carta é para quem não irá lê-la. É confuso a vontade de escrever e a sensação de perda de tempo. É também confuso a sensação de liberdade. Posso escrever todos os meus segredos, os quais gostaria que ninguém, apenas você, soubesse. Mas finda que ninguém mesmo irá saber. Me assalta novamente a perda de tempo. Concluo que não vale a pena. O que você não irá saber por aqui, você não irá saber pela minha mente. E  se você puder saber por aqui, também poderá saber pela minha mente. Gostaria de saber como está! Na verdade eu sei que está bem. Sei que não sente coisas ruins, mas o que sente quando me vê triste? Você sabe quando estou triste? Eu não deveria estar escrevendo isso. Minha fé não é tão pouca assim. Se pudesse voltar no tempo, me impediria de começá-la. Me perdoe! Sinto sua falta."

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