Nem todo mundo viu.


Bom bom mesmo é tomar banho de noite em Recife.
Vinte e quatro horas que a caixa d'água fica fritando no sol, você tem água morna de graça.
É quase uma sustentabilidade. E o povo fica fazendo barragem num sei onde, fazendo os índios virar sem-terra/sem-teto/sem-oca pra ter mais energia elétrica. Fala sério.
E depois, é só se secar na brisa morna. Você nem sente frio nem precisa de toalha. Cinco segundos e você não carrega mais nenhuma gota de água no cabelo. Como é massa essa brisa morna de 27 graus celcius.
Praqueles que não sabem o que é vento, ou seja, aqueles que moram no meio de um milhão de prédios, que não dá nem brecha pra um tracinho de azul de céu avistar a terra que seja, vento é aquilo que vem de lá e passa pra lá. Carrega tudo: calor, folha, poeira, dinheiro, cuspe de nuvem e mijo de pombo.
E o céu azul? Dói nas vistas. Né todo mundo que já viu azul de verdade verdadeiro não. Só quem vem em Recife ou foi pra Foz do Iguaçu. Alí dói a mente.
Azul  de verdade é quando dá pra decalcar com os olhos as bordas das nuvens que pintam no céu. Né todo lugar que tem não. Nem em photoshop.
Enfim, vou alí lavar o cabelo enquanto é noite, que quando amanhece, nem sei o que acontece que a água vira gelo líquido. Deus me livre.

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