espuma do mar



Eu sei. Acredito profundamente. Sinto que saudade é tão forte e tão carente. Ela não habita o corpo sozinha, vem sempre acompanhada daquelas outras desgraçadas. Em uma de suas visitas, só se sente o coração doer. Então, lá está: o bolo de carne viva cheia de dor.

E é só isso o que se é, até que o sono ou a morte caia sobre si. Nada mais, além desses sonhos miseráveis  de alívios momentâneos, aplaca a dor. É residente perene; até o dia em que eu e minha dor, juntas, irmãs, cumplices, confidentes, nos tornemos espuma do mar.

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