Espuma




















Existe um movimento diário de afastamento das coisas.
Das pessoas também. Mas dos comportamentos mais ainda. Começo me achar uma tabacuda fazendo ou repetindo certos comportamentos. Basta tomar consciência deles e pronto, tabacuda. Esses comportamentos, descobri, são distrações, eficazmente substituídas por séries do netflix. Daí, sem distrações, inclusive séries, não é que eu tenho tempo livre bem aproveitado (como a boa criatura utilitarista que sou...uso esse termo). Mas abrem-se as portas das paranóias. Paranóias são bem reais quando elas mudam o curso do seu dia, pra começar. Reais quando você se imagina vividamente pulando da janela para se livrar delas. Não há descanso nas paranóias. Por isso voltamos às distrações.  Antes elas fossem ler aquele livro surrado relido 30 vezes. Não... É algo besta.  É Jane the Virgin. Telenovela.
Decidi que não quero falar de verdades... nem de mentiras. Não quero falar das certezas absolutas que em meia década, vou acordar discordando dolorosamente. Ter certezas, com auras de temporárias, me fazem sentir mais gente que quando me vejo desacreditando nas absolutas. Vou falar dos meus agoras. De como queria mergulhar nesse reflexo de céu borrado na espuma do mar. Dalí pra frente.
E hoje eu me vi. 


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